Os carros elétricos têm ganhado cada vez mais destaque no mundo e no setor automotivo. Aqui no Brasil, a realidade não é diferente. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a venda desses carros registrou um aumento em torno de 70% em comparação a 2019, e uma frota estimada de 60 mil carros. Justamente por isso o eletroposto se torna tão importante.
Afinal, é nesse ambiente que você carrega seu veículo elétrico, de uma maneira muito mais rápida do que em casa. Com isso, garante carga suficiente inclusive para viagens mais longas.
Mas se estamos falando de uma solução mais sustentável de veículos, é claro que esses eletropostos também precisam considerar as fontes de energia elétrica que utilizam, certo? Nesse ponto, a energia solar é uma excelente opção. Quer entender melhor sobre o assunto? Continue a leitura!
Os carros elétricos estão cada vez mais acessíveis — e, hoje, é possível encontrar modelos a partir de R$ 150 mil. Além da questão da sustentabilidade, reduzindo a necessidade de uso de combustíveis fósseis, o carro elétrico apresenta outras vantagens e diferenciais.
Uma delas é a sua capacidade de aceleração, que é maior do que o motor a combustão (movido a gasolina ou álcool). Outro ponto interessante é a economia a longo prazo, afinal, é mais barato rodar com energia elétrica do que com combustível fóssil.
A cada 100 km rodados com o carro elétrico, por exemplo, você gastará R$ 16. Já com carros movidos a combustão, esse valor sobe para R$ 70 — ainda de acordo com os dados da ABVE.
Além dos carros totalmente elétricos, também existem modelos híbridos — que são movidos tanto a combustível fóssil como a energia. O Brasil tem vivenciado um verdadeiro “boom” nas vendas dos carros eletrificados, seguindo a tendência mundial.
No primeiro trimestre de 2021, as vendas desses veículos tiveram um aumento de 140% em todo o mundo, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), principalmente impulsionado pelas vendas na China, na Europa e nos Estados Unidos. O Brasil também seguiu na onda — com um aumento de 29,4% comparado ao mesmo período de 2020.
A IEA acredita que as vendas tenham sido impulsionadas em outros países devido às normas de emissão de CO2 mais rígidas e ao aumento dos subsídios governamentais. Até 2030, a agência acredita que o mercado de carros elétricos deve chegar a 22 milhões de unidades. No Brasil, a expectativa é de 180 mil unidades.
Para alcançar essas metas, os incentivos governamentais são importantíssimos. Atualmente, no nosso país, os carros movidos a célula de combustível de hidrogênio ou bateria são isentos de taxas de tributação de importação e têm IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) entre 7 e 20%, de acordo com o nível de eficiência energética e peso.
Com o aumento expressivo dos carros elétricos, o eletroposto se torna figura importantíssima, permitindo que as pessoas recarreguem seus veículos. Um levantamento da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) prevê que, até 2030, o Brasil terá 80 mil pontos de recarga.
Assim, podemos entender o eletroposto como uma estação pública de recarga para os carros elétricos. A principal diferença da recarga que eles oferecem é a velocidade, já que, por volta de 20 a 40 minutos, os carros ficam totalmente carregados (um tempo muito menor do que a recarga em casa).
Em casa, a recarga é feita, basicamente, usando tomadas — e o tempo total dura de 12 a 36 horas, dependendo da tensão e da amperagem. Também existe um carregador específico, chamado “wallbox”, que tem uma tomada trifásica e consegue entregar mais energia em um tempo menor de recarga.
Para conseguir carregar os carros elétricos mais rapidamente, o eletroposto funciona com equipamentos diferentes. No geral, de 22 kW, gerando uma carga semirrápida, ou de 50 kW, que gera uma recarga ultrarrápida (em torno de 20 minutos para um veículo leve, como os carros).
O uso é bastante simples, e o próprio usuário consegue recarregar seu carro, sem a necessidade da presença de terceiros. É só conectar o cabo do equipamento ao veículo e aguardar o tempo.
Assim como no restante do mundo, os eletropostos estão em crescimento no Brasil — justamente devido ao aumento da frota de carros elétricos. Além disso, existem alguns incentivos governamentais interessantes para o setor, sobretudo a Resolução 919/2018, que regulamenta a criação das estações de recarga de veículos elétricos.
De acordo com essa regulamentação, qualquer interessado tem autorização de explorar a atividade de recarga de veículos elétricos, inclusive para recarga pública (com os eletropostos). A distribuidora local pode, a seus critérios, instalar estações de recarga na sua área de atuação.
A cobrança nos eletropostos é permitida por essa resolução, e o valor cobrado pela recarga pode ser livremente negociado.
Esses incentivos são muito importantes para que o setor seja cada vez mais explorado. Em 2021, o número dessas estações de recarga pública aumentaram 50,8%, chegando a 754, de acordo com os dados da ABVE.
Atualmente, a primeira rede integrada de eletropostos já está em funcionamento no Brasil. O projeto batizado de Ecovagas foi lançado em 2020 e pretende, inicialmente, instalar 250 estações em cerca de 100 pontos (em estacionamentos da Estapar) nos estados do Sul, Sudeste, Nordeste e Distrito Federal. Quatro deles já estão em funcionamento na capital paulista.
A recarga, atualmente, é disponibilizada de forma gratuita. Esse sistema gratuito, contudo, apenas será disponível para os clientes das marcas parceiras (como quem tem carro da Volvo e do Grupo Stellantis); os demais deverão pagar pela recarga.
Outra empresa de olho no mercado é a EDP, que implantou 2 estações de recarga no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A diferença dos eletropostos da marca é a carga semirrápida, que garante autonomia de 100 km, com recarga de 40 minutos. O uso das estações é gratuito. O usuário apenas precisa pagar o tempo de uso do estacionamento.
A EDP também desenvolveu, em parceria com fabricantes de carros elétricos, a rede Plug&Go — o primeiro carregador ultrarrápido público. A expectativa é que 30 novas estações de recarga ultrarrápida sejam instaladas em 3 anos, cobrindo todo o estado de São Paulo.
O principal diferencial do carro elétrico é, justamente, a sustentabilidade. Ou seja, a possibilidade de se locomover poluindo menos o meio ambiente — por não depender de combustíveis fósseis e não lançar CO2 na atmosfera.
Mas de nada adianta investir em um carro elétrico e continuar carregando-o usando energia proveniente de fontes poluidoras ou que causam impactos ambientais, como as hidrelétricas.
Nesse sentido, investir no eletroposto movido a energia solar é uma solução extremamente interessante. Com isso, é possível gerar energia para os carros sem que haja impactos negativos ao meio ambiente.
Afinal, a luz solar é uma fonte abundante e inesgotável no nosso planeta. Ao utilizá-la para gerar energia por meio do efeito fotovoltaico, não há produção de dióxido de carbono (um dos principais responsáveis pelo efeito estufa), e nem é necessário alagar grandes áreas trazendo danos irreparáveis aos ecossistemas (como ocorre com as hidrelétricas, principal fonte de geração de energia no nosso país).
Para que o eletroposto movido a energia solar funcione, é indispensável contar com a assessoria de uma empresa especializada. Ela vai criar um projeto adequado às necessidades e às demandas do contexto, considerando quantos painéis fotovoltaicos terão de ser instalados para suprir a demanda.
Além das estações de recarga públicas, a energia solar também pode ser usada para a recarga na sua casa. Assim, você impacta ainda menos o meio ambiente e garantindo que seu carro elétrico seja, realmente, sustentável.
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