A energia solar é uma das fontes de energia sustentável mais usadas no Brasil. Em 2021, o nosso país ultrapassou a marca histórica de 13 GW de potência operacional em sistemas de médio e pequeno porte, de acordo com os dados da Absolar. E para que todos esses sistemas funcionem, um item é muito importante: o inversor solar.
Ele é o aparelho responsável por transformar a corrente gerada pelas placas solares em uma corrente que possa ser usada nos imóveis, empresas, indústrias e agronegócios. Sem o inversor, não é possível usar a energia elétrica gerada pelo sistema fotovoltaico.
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O inversor solar é um aparelho que integra os sistemas fotovoltaicos. Ele é responsável por transformar a corrente contínua gerada pelos módulos fotovoltaicos em corrente alternada — capaz de alimentar os equipamentos da instalação e também enviar a geração excedente para a rede da concessionária.
Assim, sem o inversor, seria impossível utilizar a energia gerada pelos módulos fotovoltaicos.
Além dessa função importante, o inversor contribui com a segurança de todo o sistema, oferecendo um monitoramento eficaz e otimizando a energia produzida e distribuída.
Nas residências e empresas de pequeno porte, geralmente, o inversor solar é instalado próximo de quadros de luz, em um local que seja abrigado do sol, do calor e da água.
Em miniusinas (minigeração distribuída), ambientes comerciais e industriais, é possível construir uma sala apenas para abrigar os inversores — já que são modelos maiores, mais robustos e que podem ocupar mais espaço (dependendo da demanda energética do imóvel).
O tipo de inversor solar dependerá do tipo de sistema fotovoltaico que você instala. Veja os principais.
O inversor solar off-grid é usado nos sistemas off-grid (desconectados da rede). Esses são sistemas que usam baterias, sendo mais empregados em locais onde não há acesso à rede elétrica.
Esses inversores convertem a corrente contínua a 12, 24 ou 48 Volts para a corrente alternada. O tamanho desse inversor depende da aplicação. Os menores apresentam potência entre 150 a 2000 W. Como são leves, podem ser transportados ou movidos de um sistema para outro.
Os mais potentes, contudo, são indicados para operar equipamentos com consumo mais alto de energia. Esses são modelos acima de 2000 W — mais pesados e que devem ter uma instalação permanente. Contam com vários recursos avançados, como monitoramento de internet, controle de carga, entre outros.
Também chamado de inversor solar grid-tie, trata-se do modelo de inversor do sistema conectado à rede.
O inversor opera em conjunto com a rede da concessionária e é programado para interromper a geração automaticamente caso falte energia na rede. Ele copia a frequência e tensão da rede e interrompe o funcionamento para evitar possíveis problemas resultantes da falha no fornecimento de energia.
Esses inversores, normalmente, têm um sistema de monitoramento que registra os dados integrados, conectando a uma rede de internet.
Esse inversor opera tanto ligado à rede como isolado dela. É como se fosse um modelo 2 em 1, que funciona como um inversor off-grid e um string juntos.
Claro que essa é uma maneira simplificada de explicar o aparelho, pois, na prática, ele apresenta diversas funcionalidades adicionais, como a programação para injetar normalmente energia na rede da concessionária e também em caso de uma falta de energia por parte da concessionária, o inversor irá alimentar somente as cargas em funcionamento da instalação.
O micro inversor solar é um aparelho projetado para operar com uma quantidade menor de módulos, normalmente 2 a 4 módulos. A principal vantagem de contar com esse aparelho é poder instalar módulos em um telhado “recortado” com diversas orientações e inclinações. Ou também quando o telhado tem sombreamentos relevantes capazes de impactar a produção de energia.
Como o inversor solar é essencial, a escolha deve ser feita de modo adequado às necessidades do seus sistema fotovoltaico. Alguns pontos que você precisa analisar são os que listamos abaixo.
O mínimo aceitável é uma eficiência de 94%. Isso porque, para que o aparelho consiga converter a corrente contínua em alternada, precisa ter a capacidade de economizar energia.
De modo geral, quanto maior for a eficiência do inversor, mais energia gerada pelos painéis será aproveitada.
É muito importante que o inversor atenda às orientações da NBR IEC 60529. A norma estabelece os graus de proteção para revestimentos de equipamentos elétricos (os códigos IP).
O mínimo aceitável para locais abertos é o IP 55, que oferece proteção contra jatos de água e poeira.
Optar por marcas de qualidade é um ponto crucial. Afinal, quanto mais confiável for o aparelho, menores serão os riscos de você ter algum problema com o seu inversor (e com o seu sistema fotovoltaico em geral).
A potência do inversor solar é dimensionada de acordo com a potência pico dos módulos que serão instalados. Daí a importância de contar com profissionais capazes de dimensionar corretamente todos os componentes para a sua demanda energética.
Depois de todas essas dicas, já deu para notar que o inversor solar é extremamente importante, não é mesmo? Sem ele, seu sistema fotovoltaico não será capaz de gerar energia para sua residência, empresa, indústria ou agronegócio.
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