Ao assistir o noticiário ou ler o jornal, você já deve ter se deparado com alguma notícia sobre as bandeiras tarifárias. Especialmente nos últimos meses, quando a falta de chuvas fez com que vários estados entrassem na bandeira vermelha.
Esse sistema foi criado em 2015 e indica se o custo da energia ficará mais caro ou mais barato, dependendo das condições para que essa energia seja gerada. Elas são reajustadas continuamente, permitindo ao consumidor entender melhor quando serão realizados reajustes e aumentos.
Não sabe exatamente como as bandeiras tarifárias funcionam e nem de que modo elas impactam nas contas da sua empresa? Siga conosco!
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), com validade em todo o país (exceto Roraima). A finalidade é informar o consumidor quando a energia ficará mais cara ou mais barata, dependendo das condições nas quais essa energia foi gerada.
Como a maior parte da energia gerada no país vem das hidrelétricas, as bandeiras costumam se modificar de acordo com o período de chuvas. Em épocas de seca, os reservatórios ficam muito baixos e é difícil gerar energia. Então, o Operador Nacional precisa utilizar as termelétricas para fazer a geração. Essa forma de produzir energia é mais cara, por isso entra-se nas bandeiras com custo mais elevado.
Esse aumento no custo de geração de energia é repassado na conta por meio do sistema de bandeiras tarifárias.
O sistema de bandeiras tarifárias é composto pelas seguintes bandeiras.
Nesse caso, não há acréscimo na conta de luz e as condições para a geração de energia nas usinas são boas.
As condições para a geração de energia estão relativamente desfavoráveis, então já começará a haver acréscimos na conta. A tarifa passa a ter um acréscimo de R$1,874 a cada 100 kWh consumido no mês.
As condições para a geração de energia estão ruins (sendo necessário acionar as termelétricas). Essa bandeira é dividida em 2 patamares:
Além dessas, recentemente o governo lançou mais uma bandeira: a da escassez hídrica — ela corresponde a um valor de R$14,20 para cada 100 kWh de energia consumida.
Essa nova tarifa é 50% mais cara que a bandeira vermelha patamar 2, resultando em um aumento de 6,78% na tarifa média dos consumidores.
Quem define qual bandeira será usada para a cobrança é a Aneel, que faz esse ajuste todos os meses. As reuniões são feitas ao fim de cada mês e então é definida a tarifa que será usada, com base nas condições de geração de energia.
O principal objetivo desse sistema é equilibrar os custos das distribuidoras com a aquisição de energia e o repasse às unidades de consumo. Ela também ajuda na conscientização das pessoas para o uso racional da energia, especialmente nos momentos adversos, como nas bandeiras vermelhas e na de escassez hídrica, recentemente criada.
Você fica sabendo qual bandeira está valendo pelos meios de comunicação e também na sua própria conta, onde vem sinalizado qual bandeira está valendo. As bandeiras são válidas tanto para empresas, como para residências.
O sistema de bandeiras é dividido em subsistemas de acordo com a região do país. São 4 subsistemas:
O sistema de bandeiras tarifárias apenas abrange os consumidores do mercado cativo das distribuidoras (exceto os de Roraima, que estão em um sistema isolado). No mercado livre, os contratos de energia são negociados bilateralmente entre clientes e geradoras. Por isso, esses consumidores não são afetados pelo sistema de bandeiras, pois os valores são válidos durante todo o período de contratação.
O mercado livre é um ambiente de negociação no qual os consumidores podem comprar energia alternativamente ao suprimento da concessionária local, negociando o preço da energia diretamente com os geradores e comercializadores. Assim, o cliente consegue escolher quem será o seu fornecedor de energia.
Neste mercado, a energia contratada pode ser convencional ou incentivada (de fontes renováveis, como solar, eólica, biomassa ou pequenas centrais hidroelétricas).
Podem participar do mercado livre:
As bandeiras tarifárias trazem um grande impacto nas contas de energia dos consumidores do país. Afinal, ficamos à mercê do clima e da quantidade de chuvas para termos ideia real de quanto iremos pagar de conta no fim do mês.
Uma alternativa a essa situação é a energia solar. A geração da própria energia por meio da instalação de um sistema fotovoltaico lhe protege contra os aumentos sucessivos das bandeiras — e até da criação de novas bandeiras, como vimos no caso da bandeira da escassez hídrica.
Essa tecnologia pode ser instalada em diversos ambientes, mas é ainda mais recomendada a indústria e ao agronegócio. Quem já tem um sistema fotovoltaico ligado à rede, apenas paga a bandeira tarifária referente à diferença entre a energia injetada na rede e a energia consumida da distribuidora.
Assim, ao investir em um sistema solar, você garantirá uma economia no longo prazo e uma previsibilidade nos gastos com energia. Em alguns anos, o próprio sistema acaba se pagando — e ele tem uma durabilidade superior a 25 anos.
Para quem tem uma empresa ou uma propriedade rural, esse é um investimento muito vantajoso. Afinal, conforme o preço da energia sobe, seus custos de produção acabam se tornando mais altos — e muitas vezes é necessário repassá-lo ao consumidor, fazendo com que seu negócio perca competitividade.
No entanto, se você tem um sistema de energia solar, não é necessário lidar com esses custos adicionais. Assim, consegue produzir de maneira mais barata e ter preços mais competitivos em seus produtos e serviços, diferenciando o seu negócio.
Agora você já sabe tudo sobre as bandeiras tarifárias? Ajude seus amigos a entenderem melhor sobre o assunto: compartilhe este post nas suas redes sociais!